Diante das duas últimas tragédias na França e no Brasil que ocasionaram a morte de centenas de pessoas inocentes, ontem, publiquei um comentário nas redes sociais e usei uma frase, emprestada do meu amigo Thomaz: “a humanidade perdeu”.
Após algum tempo, eu me peguei refletindo incomodada sobre o sentido arrebatador dessa frase e os rumos que a humanidade está tomando, andando a passos largos, para a sua destruição.
Não bastaram os horrores da Primeira e Segunda Guerra Mundial. Não, a humanidade não aprendeu nada com aquilo.
Hoje, os tempos são outros, dizemos que a sociedade evoluiu. Evoluiu mesmo? Temos um paradoxo. Não compreendo o fato de que apesar da globalização da sociedade moderna e de estarmos “conectados” pela tecnologia, estamos ao mesmo tempo tão desconectados de nós mesmos. Há individualismo, egoísmo e intolerância coletiva, generalizados.
Na sociedade moderna há guerras de todas as naturezas e, nesse momento, talvez já estejamos vivendo a própria Terceira Guerra, talvez já esteja acontecendo, devorando-nos pouco a pouco, sem nos darmos conta.
Essas últimas são apenas dois exemplos, mas há muitas outras ocorrendo simultaneamente no mundo as quais nem a mídia, nem as redes sociais divulgam.
Se pensarmos nas divergências mundiais que ocasionam ações contra a humanidade, podemos citar várias: a guerra entre as duas Coréias, entre Paquistão e Índia, entre Taiwan e China, entre os Estados Unidos, Afeganistão e Iraque, para não citar mais. Os problemas que se apresentam para detonar uma divergência são, na maioria das vezes, simplesmente, a não aceitação do outro.
Ao longo da história podemos testemunhar a crescente intransigência, intolerância, preconceito, hostilidade e violência da humanidade.
Na Idade Média, a Inquisição católica contestou o sincretismo religioso e muitos morreram com requintes de crueldade, na fogueira. No século XX, Hitler se deu ao direito de eliminar grupos considerados politicamente indesejados. Assim, eliminou milhares de judeus e Testemunhas de Jeová. Na África, cristãos não podem expressar sua fé, pois são mortos por rebeldes centro africanos.
No Brasil, constantemente, temos assistido a casos de intolerância religiosa, racismo, homofobia, brigas de torcida, intolerância em todos os níveis, descasos, vaidade, ganância, egoísmos, falta de gentileza e tantas outras ações dessa natureza que, somadas, e em níveis maiores, terminam por ocasionar violência contra a humanidade.
O mundo está acabando a todo instante. Há sempre alguém que, por discordar das opiniões do outro, se vê no direito de querer destruí-lo, ou seja, baseiam-se no fato de que se o outro não é igual ou não pensa exatamente como ele, deve ser eliminado. Assim, veem-se no direito de praticar atrocidades contra a própria espécie.
A hostilidade tem alcançado níveis preocupantes. A convivência entre as religiões e mesmo a aceitação do diferente tem sido uma farsa, apesar das campanhas que, de vez em quando, se vê nas redes sociais.
Assim, em se tratando de evolução, houve um terrível nó no desenvolvimento da sociedade. O que fica entendido é que ela precisa evoluir a sua maneira de lidar com as diferenças, pois diferenças e pluralismo de ideias fazem parte da humanidade desde sempre. Não podemos confundir liberdade de expressão com intolerância.
Para nos aproximarmos do sentido da frase “a humanidade perdeu”, temos que trazer a palavra humanidade para mais perto de nós, temos que transformar a palavra humanidade em: nosso vizinho, meu filho, minha família, meu irmão, meu colega de trabalho, ou seja, reconhecer que atitudes boas ou más podem atingir e transformar o futuro de quem está próximo de nós.
Sejamos intolerantes apenas com a intolerância, porque é preciso aprender a aceitar as diferenças. Esse aprendizado deve começar na base da família, – dentro da qual não se deve aceitar xingamentos e desrespeito –, e também na educação básica que deve ser tratada com mais seriedade nesse país, com professores preparados para formar cidadãos capazes de contribuir para a evolução da sociedade e conscientes de sua contribuição para o mundo como cidadãos solidários, justos... humanos.
Após algum tempo, eu me peguei refletindo incomodada sobre o sentido arrebatador dessa frase e os rumos que a humanidade está tomando, andando a passos largos, para a sua destruição.
Não bastaram os horrores da Primeira e Segunda Guerra Mundial. Não, a humanidade não aprendeu nada com aquilo.
Hoje, os tempos são outros, dizemos que a sociedade evoluiu. Evoluiu mesmo? Temos um paradoxo. Não compreendo o fato de que apesar da globalização da sociedade moderna e de estarmos “conectados” pela tecnologia, estamos ao mesmo tempo tão desconectados de nós mesmos. Há individualismo, egoísmo e intolerância coletiva, generalizados.
Na sociedade moderna há guerras de todas as naturezas e, nesse momento, talvez já estejamos vivendo a própria Terceira Guerra, talvez já esteja acontecendo, devorando-nos pouco a pouco, sem nos darmos conta.
Essas últimas são apenas dois exemplos, mas há muitas outras ocorrendo simultaneamente no mundo as quais nem a mídia, nem as redes sociais divulgam.
Se pensarmos nas divergências mundiais que ocasionam ações contra a humanidade, podemos citar várias: a guerra entre as duas Coréias, entre Paquistão e Índia, entre Taiwan e China, entre os Estados Unidos, Afeganistão e Iraque, para não citar mais. Os problemas que se apresentam para detonar uma divergência são, na maioria das vezes, simplesmente, a não aceitação do outro.
Ao longo da história podemos testemunhar a crescente intransigência, intolerância, preconceito, hostilidade e violência da humanidade.
Na Idade Média, a Inquisição católica contestou o sincretismo religioso e muitos morreram com requintes de crueldade, na fogueira. No século XX, Hitler se deu ao direito de eliminar grupos considerados politicamente indesejados. Assim, eliminou milhares de judeus e Testemunhas de Jeová. Na África, cristãos não podem expressar sua fé, pois são mortos por rebeldes centro africanos.
No Brasil, constantemente, temos assistido a casos de intolerância religiosa, racismo, homofobia, brigas de torcida, intolerância em todos os níveis, descasos, vaidade, ganância, egoísmos, falta de gentileza e tantas outras ações dessa natureza que, somadas, e em níveis maiores, terminam por ocasionar violência contra a humanidade.
O mundo está acabando a todo instante. Há sempre alguém que, por discordar das opiniões do outro, se vê no direito de querer destruí-lo, ou seja, baseiam-se no fato de que se o outro não é igual ou não pensa exatamente como ele, deve ser eliminado. Assim, veem-se no direito de praticar atrocidades contra a própria espécie.
A hostilidade tem alcançado níveis preocupantes. A convivência entre as religiões e mesmo a aceitação do diferente tem sido uma farsa, apesar das campanhas que, de vez em quando, se vê nas redes sociais.
Assim, em se tratando de evolução, houve um terrível nó no desenvolvimento da sociedade. O que fica entendido é que ela precisa evoluir a sua maneira de lidar com as diferenças, pois diferenças e pluralismo de ideias fazem parte da humanidade desde sempre. Não podemos confundir liberdade de expressão com intolerância.
Para nos aproximarmos do sentido da frase “a humanidade perdeu”, temos que trazer a palavra humanidade para mais perto de nós, temos que transformar a palavra humanidade em: nosso vizinho, meu filho, minha família, meu irmão, meu colega de trabalho, ou seja, reconhecer que atitudes boas ou más podem atingir e transformar o futuro de quem está próximo de nós.
Sejamos intolerantes apenas com a intolerância, porque é preciso aprender a aceitar as diferenças. Esse aprendizado deve começar na base da família, – dentro da qual não se deve aceitar xingamentos e desrespeito –, e também na educação básica que deve ser tratada com mais seriedade nesse país, com professores preparados para formar cidadãos capazes de contribuir para a evolução da sociedade e conscientes de sua contribuição para o mundo como cidadãos solidários, justos... humanos.
Muito boa reflexão, Helena, embora a circunstância em que ela se faz seja tão triste. Parece que a cada dia perdemos mais e mais nossa humanidade. Ou seremos frios para suportarmos o mundo ou, se nossa sensibilidade for humana, o mundo se torna insuportável. Resistir aos males do mundo não deixa ser resistir à nossa própria humanidade.
ResponderExcluirSejamos esperançosos... é o que nos resta... continuemos nós os que pensamos que somos ainda humanos.
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